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S. TERESINHA

PADROEIRA UNIVERSAL DAS MISSÕES

Os Carmelitas Descalços têm a sua fonte de inspiração

missionária na sua fundadora, Santa Teresa de Jesus (1515-1582, Ávila - Espanha), que, ao ter conhecimento das descobertas

que os portugueses e espanhóis fizeram no séc. XVI, quis que os seus frades e irmãs rezassem fervorosamente pelas missões e partissem para a evangelização destes povos recém-descobertos.

 

Mas é Santa Teresa do Menino Jesus (1873-1897, Lisieux - França), carmelita e fiel discípula da sua mãe espiritual, Teresa de Jesus,

que melhor assimila este ideal missionário do Carmelo e o vive com tão elevada paixão que, apesar de nunca ter saído da clausura, foi declarada Padroeira Universal das Missões, juntamente com S. Francisco Xavier. 

 

Ela mesma desejou partir em missão pois o Carmelo de Lisieux

tinha fundado, em 1861, um convento em Saigão. Esta fundação em terras do Oriente correspondia ao desejo das carmelitas de se oferecerem a Deus pela salvação dos povos, mediante a oração e o sacrifício. Teresa do Menino Jesus sempre sonhou em partir para terras distantes como carmelita. Ofereceu-se para integrar este Carmelo de Saigão e só não foi possível devido à sua frágil saúde e à não autorização da sua superiora. 

Eis alguns dos pensamentos e desejos que atestam a identidade missionária de Santa Teresinha: 

«Quereria percorrer a terra, pregar o teu nome, implantar

no solo infiel a tua cruz gloriosa, mas, ó meu Bem Amado,

uma missão só não me bastaria: quereria, ao mesmo tempo, anunciar o Evangelho nas cinco partes do mundo e até nas ilhas mais longínquas. Quereria ser missionária, não apenas durante alguns anos, mas quereria tê-lo sido desde a criação do mundo até à consumação dos séculos. Mas quereria, sobretudo,ó meu Bem Amado Salvador, derramar o meu sangue por Ti, até à última gota». 

(História de uma Alma, Ms. B, 3r) 

Depois de desejar ser todas as vocações que existem na Igreja, Teresa descansa com a seguinte descoberta: 

«Ó Jesus, meu Amor! Encontrei finalmente a minha vocação:

a minha vocação é o Amor... Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, e esse lugar, ó meu Deus, fostes Vós que mo destes... No coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o Amor... Assim serei tudo! Assim o meu sonho será realizado!!!» 

(História de uma Alma, Ms. B, 3v) 

Ao missionário e sacerdote,

P. Adolfo Roulland, escreve: 

«Sinto-me indigna de estar especialmente associada a um dos Missionários do nosso Adorável Jesus, à que a obediência me confia esta doce missão (...) sentir-me-ei verdadeiramente feliz por trabalhar convosco na salvação das almas; foi com essa finalidade que me fiz carmelita; não podendo ser missionária pela acção, quis sê-lo pelo amor e pela penitência como Santa Teresa de Jesus» 

(Carta 189, 23 de Junho de 1896) 

Ao P. Maurício Bellière, outro sacerdote missionário seu amigo, escreve, rezando: 

«Peço ao Senhor Jesus que sejais, não só um bom missionário, mas sim um santo abrasado do amor de Deus

e das almas; suplico-vos que alcanceis para mim este amor para que eu possa ajudar-vos no vosso trabalho apostólico. Vós sabeis que uma carmelita que não fosse apóstola 

afastar-se-ia da sua vocação e deixaria de ser filha da Seráfica Santa Teresa de Jesus que desejava dar mil vidas para salvar uma só alma». 

(Carta 198, 21 de Outubro de 1896) 

Eu serei o Amor

letra: S. Teresa do Menino Jesus 

música: P. João Rego, OCD

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